segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Homesick

Pela primeira vez em três semanas, passei um dia inteiro em casa. Uma sucessão de viagens, plantões e afins me afastaram do meu querido lar, e pude constatar que poucas coisas podem me perturbar mais do que a distância dele. Amo viajar, não me entendam mal. E também não sou daquelas que ficam satisfeitas com a monotonia de não precisar ir à rua. Gosto de rotina e ordem, mas quebrá-las - de vez em sempre - é essencial.

Passei o dia entre minhas coisas, finalizando a matéria dessa semana, organizando o monte de papéis que só faziam se acumular e a pilha de revistas, abandonadas na escrivaninha, que ainda pretendo terminar de ler. Que falta eu senti de ver as coisas em ordem! Aflição toda vez que chegava ao meu quarto, destruída, e só tinha forças para pegar uma roupa, tomar um banho, conectar o carregador ao celular e ajustar o despertador. Arrumar meu canto tornou-se um luxo. E só pessoas que prezam pela organização (acho maníaca uma palavra... hm, forte) sabem o quanto isso é doloroso. Virei turista do meu próprio aposento.

O pico de saudade veio semana passada, quando estava em São Paulo, em meio à cobertura da Futurecom - meu primeiro grande evento desde que entrei no jornal, que merece um post à parte. Depois de perambular durante horas e horas em uma feira enorme, com sei lá quantas paradas em dezenas de estandes divididos em 3 pavilhões do Transamerica Expo Center, chegar ao quarto do hotel deveria proporcionar a sensação de estar em casa. Normalmente, é assim que acontece comigo. Cadê? Tudo o que senti foi uma inquietude, uma ansiedade, uma vontade enorme de entrar no 1º avião com o destino ao Rio - pelo amor de Deus, ' à felicidade' é brega demais.

Senti uma ponta de remorso por estar em SP, na capital econômica, cultural, gastronômica & etc do país e conseguir querer estar em casa. Nas CNTP, o normal seria eu não querer ir embora - como eu sempre me imagino quando penso em Sampa. Olhando agora, passada a crise, vejo que o cansaço e o acúmulo de noites e noites longe de casa explicam meu homesick moment. E me sinto melhor.

Pastas organizadas, bagunça em ordem, sopinha da mamãe e energias renovadas, tô pronta pra outra ponte aérea. Mas só me chamem quando eu acordar.


4 comentários:

  1. Querida,

    e deixo claro que essa sua ponte áerea tá de sacanagem com a gente, porque nem o meu BBM você add, ok? hahaha Tenho muito o que fofocar...

    Saudades, mi partner!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. "E só pessoas que prezam pela organização (acho maníaca uma palavra... hm, forte) sabem o quanto isso é doloroso."
    Eu me senti na sua peleeeee!! Que coisa HORRÍVEL é buscar forças para escovar os dentes, tomar banho e deitar na cama! Até ajustar o despertador dá preguiça! hahaha... Maaaas, sobre sentir vontade de voltar de Sampa, sabes minha opinião! Ainda mais com o maravilhoso sol que deu o ar de sua graça nessas terras tão históricas!! Saudade de seu blog, sim? Bjsss

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  4. Holhous, pensei TANTO em você quando escrevi a parte da mania de organização... It's you, Monica! hahaha

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