terça-feira, 2 de novembro de 2010

Paris vs NYC

Mesmo sem nunca ter ido a Paris, tenho uma quase certeza de que a cidade-luz vai disputar de igual pra igual com Nova York - pela qual tenho uma paixão que não escondo de ninguém - o posto de minha favorita no mundo. Às vezes me acho um pouco um misto das duas coisas. As duas são cosmopolitas, urbanas, movimentadas... mas também diferem em aspectos marcantes. Por incrível que pareça, cof cof, consigo me identificar com ambos.

Quando penso em Nova York, me vem o cheiro de café do Starbucks, dos diners, do açúcar da Magnolia Bakery; o vento de outono no rosto, as luzes histriônicas da Tiring Square, uma profusão de cores intercaladas com o cinza bruto de Manhattan.

Minhas impressões de Paris são distantes: de filmes, fotos, músicas e aromas que chegam até o lado de cá. Nada disso é suficiente pra compor a percepção que só uma visita à cidade vai me proporcionar. Nunca um lugar é do jeito que a gente imagina. Mesmo sabendo disso tudo, é impossível não imaginar Paris como um lugar romântico, antigo, clássico... delicado.

É isso: NYC é bruta, high tech, moderna, urgente. Paris é iluminada, classuda, romântica, eterna. Esse blá-blá-blá todo é porque preciso dividir aqui o que encontrei no blog Paris vs NYC, da francesa Vahram Muratyan, que ama Nova York: imagens geniais usando o binômio Paris-New York. Melhor conferir.



Très difficile to choose



'Stand clear of the closing doors, please'. Ou s'il vous plaît?



C'est genial!











Esse é demais!



A melhor: young, toujours!



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Homesick

Pela primeira vez em três semanas, passei um dia inteiro em casa. Uma sucessão de viagens, plantões e afins me afastaram do meu querido lar, e pude constatar que poucas coisas podem me perturbar mais do que a distância dele. Amo viajar, não me entendam mal. E também não sou daquelas que ficam satisfeitas com a monotonia de não precisar ir à rua. Gosto de rotina e ordem, mas quebrá-las - de vez em sempre - é essencial.

Passei o dia entre minhas coisas, finalizando a matéria dessa semana, organizando o monte de papéis que só faziam se acumular e a pilha de revistas, abandonadas na escrivaninha, que ainda pretendo terminar de ler. Que falta eu senti de ver as coisas em ordem! Aflição toda vez que chegava ao meu quarto, destruída, e só tinha forças para pegar uma roupa, tomar um banho, conectar o carregador ao celular e ajustar o despertador. Arrumar meu canto tornou-se um luxo. E só pessoas que prezam pela organização (acho maníaca uma palavra... hm, forte) sabem o quanto isso é doloroso. Virei turista do meu próprio aposento.

O pico de saudade veio semana passada, quando estava em São Paulo, em meio à cobertura da Futurecom - meu primeiro grande evento desde que entrei no jornal, que merece um post à parte. Depois de perambular durante horas e horas em uma feira enorme, com sei lá quantas paradas em dezenas de estandes divididos em 3 pavilhões do Transamerica Expo Center, chegar ao quarto do hotel deveria proporcionar a sensação de estar em casa. Normalmente, é assim que acontece comigo. Cadê? Tudo o que senti foi uma inquietude, uma ansiedade, uma vontade enorme de entrar no 1º avião com o destino ao Rio - pelo amor de Deus, ' à felicidade' é brega demais.

Senti uma ponta de remorso por estar em SP, na capital econômica, cultural, gastronômica & etc do país e conseguir querer estar em casa. Nas CNTP, o normal seria eu não querer ir embora - como eu sempre me imagino quando penso em Sampa. Olhando agora, passada a crise, vejo que o cansaço e o acúmulo de noites e noites longe de casa explicam meu homesick moment. E me sinto melhor.

Pastas organizadas, bagunça em ordem, sopinha da mamãe e energias renovadas, tô pronta pra outra ponte aérea. Mas só me chamem quando eu acordar.